O encontro entre alta relojoaria e automobilismo não é uma coincidência estética: é um pacto entre duas indústrias que compartilham a obsessão por performance, inovação e excelência.
Desde os primeiros cronógrafos criados para acompanhar provas de resistência até as colaborações mais recentes com montadoras icônicas, os relógios de luxo com alma automotiva contam histórias que ultrapassam o pulso.
Continue lendo e descubra mais sobre essa conexão entre a alta relojoaria e o automobilismo.
A conexão entre o mundo dos relógios e dos carros começou no início do século XX, quando fabricantes de cronógrafos como Heuer e Omega passaram a criar instrumentos para medir com exatidão o tempo de voltas em provas automobilísticas.
Nas décadas de 1950 e 1960, a parceria se intensificou com o crescimento das corridas de resistência e Fórmula 1. Equipes e pilotos confiavam em cronógrafos mecânicos para controlar estratégias de box e desempenho em pista: um fator decisivo quando milésimos separavam o primeiro do segundo lugar.
Esse elo técnico rapidamente se transformou em vínculo estético e emocional. Marcas como TAG Heuer, Rolex, Chopard e Breitling passaram a desenhar relógios inspirados em painéis de carro, com escalas taquimétricas, mostradores em forma de velocímetro e pulseiras perfuradas que remetem às luvas de direção.
Com o tempo, surgiram edições especiais, colaborações com escuderias e até relógios usados dentro dos cockpits. A seguir, destacamos seis modelos que traduzem com precisão essa conexão entre potência e elegância.
Lançado em 1969, o TAG Heuer Monaco revolucionou a relojoaria ao ser o primeiro cronógrafo automático com caixa quadrada e resistência à água.
Com mostrador azul e botões assimétricos, rompeu os padrões clássicos e tornou-se símbolo da ousadia suíça.
A fama internacional veio quando Steve McQueen o usou no filme Le Mans (1971), associando o modelo para sempre ao automobilismo.
O calibre 11, movimento interno, foi resultado de uma das mais ambiciosas colaborações da época, envolvendo TAG Heuer, Breitling, Hamilton-Buren e Dubois Dépraz.
As versões contemporâneas mantêm esse legado vivo, como a edição que celebra os 80 anos do circuito de Mônaco. Para colecionadores e amantes de carros clássicos, o Monaco é tão valioso quanto um cupê vintage bem conservado.
Criado em 1963, o Rolex Cosmograph Daytona foi batizado em homenagem à cidade de Daytona Beach, berço de corridas lendárias. Com uma estética funcional e escala taquimétrica na luneta, o Daytona foi feito sob medida para pilotos profissionais.
O ator Paul Newman tornou o modelo ainda mais lendário. Um exemplar usado por ele foi leiloado por mais de US$ 17 milhões, tornando-se um dos relógios mais caros da história. Hoje, há listas de espera globais para quem deseja adquirir um Daytona, o que só reforça seu status icônico.
Seu calibre 4130, altamente confiável, e sua construção robusta fazem do Daytona não apenas uma peça de luxo, mas um verdadeiro instrumento técnico, com DNA de competição.
Inspirada na famosa corrida Mille Miglia, que atravessa estradas históricas da Itália com carros clássicos, essa linha da Chopard traduz elegância e tradição.
O Mille Miglia GTS Power Control traz detalhes únicos: ponteiros em vermelho, mostrador que simula velocímetro e reserva de marcha com design semelhante a um marcador de combustível.
Além da beleza, a peça é equipada com movimento automático certificado pelo COSC (Contrôle Officiel Suisse des Chronomètres), garantindo sua precisão. No fundo da caixa, uma gravura do logotipo da corrida reforça seu vínculo emocional com o universo dos motores.
Ninguém levou tão a sério o conceito de 'relógio de corrida' quanto Richard Mille. Seus modelos, usados inclusive por pilotos durante as provas, são feitos com materiais aeroespaciais e compostos ultraleves, como carbono TPT, titânio grau 5 e cerâmica de alta resistência.
O Le Mans Classic é um tributo à icônica prova francesa. Seu design é marcante, com esqueletização extrema, mostradores multicoloridos e estrutura que lembra o chassi de um protótipo. Tudo isso com peso inferior a 40 gramas.
Seu valor, porém, está longe de ser leve: ultrapassa os seis dígitos em dólares. É a escolha de quem não apenas assiste às corridas, mas vive nelas, com exclusividade e ousadia.
Desenvolvido em parceria com a Lamborghini Squadra Corse, este modelo é uma extensão do DNA dos supercarros italianos. A arquitetura do movimento lembra o motor V10 do Huracán, com pontes em formato de barras de suspensão e volante oscilante inclinado a 12°.
Sua caixa de carbono e titânio traz leveza sem perder robustez. Com produção limitada a 28 unidades, o Excalibur Spider Huracán é uma escultura mecânica com identidade própria, criada para colecionadores que querem exclusividade total.
Para comemorar os 75 anos do Porsche 356 Roadster, a Porsche Design apresentou o Chronograph 1 – 75Y.
Limitado a 475 unidades, ele homenageia o primeiro modelo desenhado por Ferdinand Alexander Porsche em 1972, refletindo os princípios do Bauhaus com extrema funcionalidade.
Com caixa em titânio, mostrador preto fosco e pulseira integrada, o modelo tem movimento interno WERK 01.240, com certificação COSC e função flyback, permitindo reiniciar o cronômetro instantaneamente, sem parar.
É a tradução perfeita entre engenharia automotiva e minimalismo relojoeiro. Um relógio que, assim como os carros da marca, prioriza performance e pureza estética.
A união entre alta relojoaria e o universo dos carros de luxo não é apenas uma jogada de marketing. Ela parte de uma afinidade natural entre dois mundos que exigem precisão, inovação e design de excelência.
Quem valoriza um motor V12 meticulosamente montado também reconhece o valor de um calibre mecânico com 300 componentes. Ambos são celebrados por sua engenharia, seu legado e sua capacidade de criar experiências únicas.
Cada um dos modelos citados aqui representa mais do que um medidor de tempo. Eles expressam valores, histórias e conquistas, tanto da relojoaria quanto do automobilismo.
Com design preciso, movimentos elaborados e edições limitadas, esses relógios de luxo são desejados não só por colecionadores, mas por todos que entendem que luxo é, acima de tudo, uma experiência sensorial e emocional.
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